top of page
DSC_0376.jpg

Desde pequeno, a fotografia flertava comigo de uma forma profunda, mas eu nunca dei a devida atenção. Influenciado pelo meu pai e pelo meu tio, sempre estive presente em eventos automotivos, registrando tudo pelo celular, apenas para guardar aqueles momentos e os carros que ia conhecendo. Meu verdadeiro sonho profissional era ser designer automotivo, ter minha própria empresa e criar meus próprios carros. Desde os 14 anos, treinei e rabisquei carros incessantemente, sempre com as palavras "expressão" e "único" em mente. Mas, entre idas e vindas, acabei dando uma pausa nesse sonho. Mesmo assim, minha mente criativa nunca parou. Tudo sempre girou em torno do universo automotivo e das múltiplas empresas que um dia iria construir. Em 2022, com 18 anos, decidi voltar a criar ilustrações e designs, mas dessa vez focado na arte urbana, outra paixão de infância. A palavra "expressão" continuava sendo o pilar do meu trabalho, sempre aliada a um olhar empresarial e de negócios. Em 2023, por pressão familiar, ingressei em um curso técnico em Administração, pois acreditavam que essa seria uma carreira estável e mais "fácil" por eu ser PCD. Para a surpresa deles, me apaixonei ainda mais pelo empreendedorismo e me tornei obcecado por estudar e testar o mercado. 

 

 A Viczzada surgiu através de ilustrações e designs inspirados na cultura urbana, carregados de expressão, mas de forma harmônica e elegante. O nome vem da ideia de uma equipe composta por vários "Vics" (derivado de Victor), trazendo pessoas com identidade única e expressão autêntica. Apesar de essa ideia inicial não ter se concretizado, o nome permaneceu. No mesmo ano, conheci Wad Monteiro, artista local, grafiteiro, rapper e multifuncional dentro da cultura Hip Hop. Ele, junto com seu irmão Ursão, fundou o coletivo Otronaip. Ao apresentar meus trabalhos, passei a integrar o coletivo, levando minha arte para além do digital, participando de oficinas, murais e até um documentário sobre a cultura Hip Hop em nossa cidade, "Expressão de Rua". Ainda assim, a paixão pelos carros continuava martelando na minha mente.

No ano seguinte, influenciado pelo coletivo e com o apoio de outras pessoas, fui contemplado por um edital da Lei Aldir Blanc com o projeto "Ruas Sobre Rodas", previsto para 2025. Com esse incentivo, investi em uma câmera profissional adquirida do Ursão, inicialmente apenas para alimentar meu hobby de fotografar carros. Sem nenhuma pretensão, comecei a estudar fotografia e a entender melhor minha câmera. Poucos dias depois, fui como espectador a um evento de corrida na terra e, quase sem perceber, fiz registros que, meses depois, renderam um prêmio de melhor fotografia em uma exposição local. Ali estava minha confirmação: meu caminho era expressar minha visão através da fotografia de motorsport. Mas não de forma comum, além de ser o único fotografo com paralisia cerebral do mundo minhas fotos artísticas trazem um impacto visual e único. 

SÓ EXISTE UM, ELE ASSINA VICZZADA

SER DIFERENTE É MINHA MAIOR  VIRTUDE 

bottom of page